sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Emma - parte 2

A casa estava em silêncio quando Emma acordou. Ele não estava do seu lado, onde dormira. Ela deixou a cabeça cair no travesseiro suspirando, lembrando da noite passada, com um pequeno sorriso nos lábios, ainda sentindo resquícios do prazer que ele lhe proporcionara de uma só vez, após meses fora.

Um barulho na sala lhe chamou atenção. Ela se levantou, jogando o casaco de pele sobre o corpo nu e foi em direção a porta. Ela encostou um ouvido na madeira fria e ouviu os gemidos ficando cada vez mais altos. Ela abriu a porta.

Havia uma mulher desconhecida (pelo menos para Emma), nua, deitada no divã, com ele entre suas pernas, suando infernalmente. Ele parecia um animal, urrando como um touro. A mulher gemia não se sabia se de prazer ou dor, sendo este o motivo mais provável. Ele ouviu a porta se abrindo e olhou para Emma, petrificada no vão da porta, assistindo a tudo aquilo. Os olhos dela mais arregalados que nunca, a pele sem um vestígio de cor, a boca entreaberta, as mãos que apertavam o casaco tremiam violentamente.

Ele a olhou desafiadoramente, desaforadamente, sorrindo com o olhar, e metendo mais e mais forte na pobre da outra mulher. A cena durou por alguns minutos, onde ele era o o único que se mexia, sem nunca tirar os olhos de Emma.

Depois de algo que pareceu interminável para as duas mulheres, ele fechou os olhos e soltou um urro, que terminou com seu corpo caindo sobre a mulher, a esmagando, como se já não bastasse a outra dor que ela sentia. Quando ela finalmente abriu os olhos e viu Emma parada no vão da porta, começou a gritar histérica.

- SAI, SAI DE CIMA DE MIM!

Ele ria de satisfação, ainda jogado sobre a outra, que o empurrava sem resultados.

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