Eram dois corpos frios, mortos, culpados se tocando. Eram peles de defuntos se tocando, tentando achar o que não se pode achar, o que não se deve achar. Fazendo o que não queriam, mas não podiam deixar de fazer. Foi tão violento, foi dilacerante. Uma alma dilacerada, destruída em infinitos pedaços.
Terminou com vergonha, arrependimento, decepção e gosto de metal boca. Foi sexo injusto. Não, não havia sexo entre eles. Não foi nada, absolutamente nada, apesar de ter tido seu peso, e ah como pesava.
Então, é nessa sexta-feira 13, que ponho minha máscara e visto minhas fantasias, com medo e nojo de olhar nos olhos, de me ver refletido, de ver meus erros, meus demônios. Ver o que eu não quero ver, ver que não há solução, não há redenção, não há exorcismo, não há salvação. O que há é esquecer, mas esquecer sabendo que sempre vai estar lá o que eu finjo não existir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário